Apesar da inteligência artificial (IA) existir há mais de 80 anos, nós estaríamos vivendo ainda uma fase de exploração e experimentação da tecnologia. A avaliação é de David Farrell, vice-presidente sênior global para as Américas na Red Hat, em entrevista à Forbes Brasil. A empresa é uma multinacional de software em código aberto adquirida em 2019 pela IBM por US$ 34 bilhões.
Segundo Farrell, mais empresas estão trabalhando com IA e de maneira mais avançada, com destaque para áreas da TI como desenvolvimento de aplicativos, cibersegurança e detecção de fraudes. No Brasil, alguns clientes da Red Hat usam a tecnologia nas áreas de atendimento ao cliente há alguns anos.
O executivo também apontou as iniciativas da Red Hat com a IA, que está presente na plataforma de automação da companhia. Sua função é permitir que pessoas que não são especialistas em TI possam gerenciar determinadas tarefas dentro de um data center, precisando apenas capacitá-las a usarem ferramentas de linguagem natural, algo parecido com o que o ChatGPT oferece.
Avaliação do executivo da Red Hat sobre o Brasil
Farrell explica ainda que, no Brasil, as empresas buscam apresentar as melhores soluções para os clientes e criar experiências atrativas, o que torna o mercado local inovador.
Ele também destacou o desejo das empresas em crescer e aumentar as receitas sem extrapolar nos custos, procurando construir uma plataforma dinâmica.
Farrell argumenta que a possibilidade de tornar os negócios mais inovadores e flexíveis é maior no Brasil, a partir de soluções de código aberto, que tem animado os clientes. O desafio é mostrar como aplicar todo esse potencial para as lideranças de empresas brasileiras. Ele traça um paralelo com a demanda crescente por IA: “embora os clientes busquem por soluções, precisamos começar aos poucos e depois escalar”, explica.