Nunca se falou tanto de inteligência artificial (IA) quanto agora, e uma das grandes preocupações atuais é se a tecnologia poderá trazer mudanças aos postos de trabalho tradicionais. Segundo a Agência Brasil, os impactos da inteligência artificial no mercado de trabalho e nas profissões ainda estão no topo da lista das indagações dos brasileiros.
De acordo com o site Metropoles, a popularização da IA veio com o lançamento do ChatGPT, robô criado pela americana OpenAI. E, sim, ela é capaz de mudar os postos de trabalho, o que não significa necessariamente algo ruim. Conforme a reportagem da Agência Brasil, ainda existem muitas dúvidas, embora seja um consenso o fato de que a IA promoverá uma grande necessidade de requalificação profissional.
IA versus postos de trabalho
O ChatGPT superou os 100 milhões de usuários em apenas dois meses. Nesse contexto, o mercado de trabalho sofreu os primeiros impactos. No Brasil, o setor jurídico é o que mais utiliza o apoio da inteligência artificial nas atividades. Em linhas gerais, os trabalhos burocráticos que até então demandavam mais tempo passaram a ser otimizados pela máquina.
Em entrevista para o Metrópoles, Isac Costa, professor do Ibmec e especialista em tecnologia, contou que o ChatGPT pode ser encarado como um estagiário ou um assistente, que faz pesquisas de forma otimizada. O professor acredita que, guardadas as devidas proporções, os postos de trabalho não serão impactados negativamente pela tecnologia. Segundo ele, o uso da inteligência artificial tende a melhorar o desempenho dos profissionais.
Neste ano, os pesquisadores Carl Frey e Michael Osbourne divulgaram um estudo que aponta que 47% dos empregos nos Estados Unidos podem ser substituídos por máquinas, ou seja, pela inteligência artificial. A consultoria McKinsey também divulgou um estudo relacionado à IA e os postos de trabalho, em 2019. Para eles, seria possível um equilíbrio entre perdas e ganhos de 20% nos empregos, até 2030.
Um novo cenário
De acordo com O Globo, a inteligência artificial será capaz de eliminar profissões, readequar outras e criar novas oportunidades de emprego.
Na visão da portuguesa especializada em linguagens de dados para inteligência artificial, Daniela Braga, com a popularização do ChatGPT as pessoas tiveram a oportunidade de visualizar a IA na prática. Nesse sentido, o bom desempenho da inteligência artificial exige aptidões inerentemente humanas. E, então, entram em cena questões éticas e legais que envolvem o uso da inteligência artificial.
O fato é que, até pouco tempo atrás, as máquinas eram automatizadas para realizar questões simples. Na maioria das vezes, substituíam a tarefa humana de realizar movimentos repetitivos, por exemplo. Hoje, entretanto, algumas profissões que demandam habilidades específicas estão sob a tutela do uso de IA para otimizar tarefas e aumentar a produtividade.