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Iluminação pública é o vetor de cidades inteligentes

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Mais do que iluminar, a rede elétrica existente nas cidades pode se transformar em uma ferramenta de gestão, com o avanço do 5G e uso de IoT



Por Redação em 05/10/2023

As luminárias inteligentes não só economizam energia elétrica (com potencial de reduzir o consumo em até 70%), como também viabilizam uma série de iniciativas para automatizar as cidades. “Os postes de iluminação pública são um importante conceito de cidades inteligentes. Em todos eles, por exemplo, é possível colocar sensores para monitorar o clima, permitindo melhor gestão ambiental. Neles, as cidades também podem instalar wi-fi público, sistemas de videomonitoramento, dentre outras soluções”, disse Carlos Botelho, diretor da Embratel, em painel realizado durante a Futurecom 2023.

Segundo o executivo, os postes são a porta de entrada para outras tecnologias que habilitam as cidades conectadas. “Os postes podem funcionar como um repetidor do sinal das operadoras, e a partir deles existem outras soluções, como sensores de bueiro e de tampas de bueiro, sensores de estacionamento, por exemplo”, ilustrou. 

Botelho destacou que essa infraestrutura, em conjunto com dispositivos de internet das coisas (IoT), viabiliza um leque de soluções para a administração pública: gestão de dados de segurança, circulação de pessoas, identificação de zonas de risco, análise de dados por meio de analytics, entre outros. “Isso ajuda o gestor público e empodera os cidadãos”, afirmou, mencionando que a Embratel é uma habilitadora de tecnologias para smart citys. 

Qual o potencial da iluminação inteligente?

O professor e gerente de Projetos do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Leonardo Luciano de Almeida Maia, destacou o enorme potencial da iluminação pública para o país. “No Brasil, temos mais de 18 milhões de pontos de iluminação pública, que representam 4,3% do consumo total de energia no país”, ressaltou. 

Assim, em sua visão, a adoção de sistemas inteligentes nos postes poderia proporcionar uma melhoria de performance da iluminação, reduzir custos operacionais da rede e monitorar o ambiente, aumentando a iluminação se necessário. Além disso, com a telegestão a manutenção pode ser feita em tempo real. “Hoje, normalmente é o cidadão que informa os serviços públicos sobre o mau funcionamento da iluminação, mas com o uso de tecnologia os gestores conseguem ter essa visão remota, em tempo real”, disse. 

Maia também citou benefícios para a segurança. “Um dispositivo de IoT pode ser programado para aumentar a iluminação, ou fazer com que todas as luminárias pisquem, se houver ações suspeitas, como grito ou disparo de arma de fogo. Isso pode aumentar a segurança da população”, apontou. 

Em Santa Rita do Sapucaí (MG), cidade com 43 mil habitantes, onde o Inatel está localizado, as principais vias de acesso já contam com essa infraestrutura inteligente. Existem câmeras que fazem a leitura de placas dos veículos, integradas com o sistema da Polícia Militar, que podem identificar veículos roubados ou com irregularidades, como atraso em tributos. As câmeras inteligentes estão instaladas em postes e o sistema de integração está sendo desenvolvido pela VS Telecom, com consultoria do Inatel.

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A cidade de Recife (PE) também apresentou, durante o evento, iniciativa semelhante. “A prefeitura criou métricas que mostram os benefícios para os cidadãos, como a redução de acidentes. O poste de iluminação que tem a telegestão pode levar a IoT para outro nível, com a possibilidade de monitorar diversas instalações públicas de forma coletiva”, afirmou Janilson Bezerra, diretor geral da ATC. Segundo ele, a expansão de tais sistemas será possível com o 5G em todas as regiões do país, e o próximo passo serão os veículos conectados. 


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