Ao focar em inovação, as empresas passam por grandes transformações, que se refletem nos resultados de seus negócios. Mas, nem toda inovação precisa ser radical ou disruptiva, de acordo com o especialista em transformação digital Cezar Taurion, head da Ciatécnica Research e Advisor Recrutaê.
“Passamos por um período de mudanças aceleradas na área digital, em função da pandemia e de seus reflexos na forma de trabalhar, estudar e consumir. As empresas precisaram se adaptar rapidamente, para não ficarem fora do mercado, e as inovações não param de chegar. Por exemplo, hoje se fala muito em metaverso. Será que a sua empresa deveria experimentar o metaverso?”, questionou ele em palestra no evento Brand Publishing Exclusive, realizado em setembro no Rio de Janeiro.
Para Taurion, toda inovação tem um custo e uma curva de aprendizado. “Então, as empresas não devem se deixar levar pela emoção”, destacou. Em sua avaliação, o processo de mudança tem de ser pensado de forma estratégica, de acordo com o perfil de cada negócio.
Para inovar, é preciso esperar a melhor onda
O especialista comparou esse processo com o surf, esporte que praticou por muitos anos. “O surfista não pega todas as ondas. Ele se posiciona para esperar a ‘melhor onda’. E se a onda que surfou não for a melhor, ele volta, remando, até o mesmo ponto, para aguardar uma nova”, exemplificou. “Existem algumas que não interessam, e ele deixa passar. E outras que são grandes demais e que exigem que o surfista esteja muito bem preparado”.
Para Taurion, o processo de inovação exige exatamente a mesma coisa: observação constante, resiliência para voltar atrás quando preciso e preparo para aproveitar as grandes oportunidades. “A tecnologia vem junto com grandes mudanças sociais, políticas e culturais. No mundo digital, surgem inovações a cada dia, e as empresas e empreendedores devem ter em mente um conceito claro, sobre qual a onda mais adequada naquele momento”, pontuou.
De acordo com ele, a geração mais jovem já nasceu digital e tem uma maneira de pensar diferente. “Então, não podemos tomar decisões com base somente em nosso próprio ponto de vista. Existem diversas perspectivas e aplicabilidades distintas, embora muitas tecnologias ainda tenham limitações”, ponderou.