A inteligência artificial vem se popularizando nos últimos anos, mas não se trata de algo tão novo assim. A IA está se tornando indispensável em muitos setores, desde a medicina e a indústria até a educação e as ciências sociais. Recentemente, os especialistas Silvio Meira e André Neves lançaram um e-book sobre “Inteligências Individual, Social e Artificial – Um novo espaço estratégico para criar, colaborar e agir”. A edição também contou com a colaboração de Rui Belfort, Filipe Calegario e Vinicius Garcia.
Para Silvio Meira, as inteligências estão cada vez mais interconectadas. Por consequência, aqueles que desejam ser bem-sucedidos no mundo digital, precisam desenvolver todas elas. Meira define a Inteligência Individual como a capacidade de aprender, resolver problemas e tomar decisões. Para ele, a Inteligência Social é a capacidade de se relacionar com os outros e, a Inteligência Artificial, seria a capacidade das máquinas de simularem a inteligência humana (com uso de machine learning). Para os autores da publicação, esta última trata-se de um novo espaço estratégico que oferece grandes oportunidades para o desenvolvimento humano e, por isso, é tão especial.
“Em um mundo cada vez mais dependente de tecnologia, é crucial que todos nós, de todas as áreas do conhecimento, pensemos em fundamentos para o entendimento e uso de IA na prática. IA está se tornando indispensável em muitos setores, desde a medicina e a indústria até a educação e as ciências sociais. Compreender as bases de IA é essencial para garantir que sua implementação seja eficaz, ética e orientada para o desenvolvimento humano e social”, apontam os autores.
Inteligências: Individual, Social e Artificial
Segundo eles, o uso de IA deve considerar muito mais do que aspectos técnicos e os algoritmos envolvidos. “É fundamental reconhecer que IA não é só uma nova ferramenta, mas parte essencial de um novo espaço estratégico que envolve as inteligências individuais, sociais e artificiais, interligadas e consideradas em conjunto para criar soluções que devem atender às necessidades das pessoas, grupos e comunidades”, apontam os autores.
A inteligência artificial, por exemplo, pode ser utilizada na automatização de tarefas, liberando a inteligência individual para a realização de tarefas que dependem de criatividade. Já a inteligência social se faz necessária para a colaboração e confiança entre as pessoas, ou seja, ela é considerada fundamental para resolver problemas complexos.
Segundo os autores, é a interdisciplinaridade que se faz crucial para explorar a IA na totalidade, considerando implicações técnicas, éticas, sociais, psicológicas e econômicas. “Ao unir as inteligências individuais, sociais e artificiais, podemos explorar as capacidades da IA de forma interativa e criar soluções inovadoras que atendam às necessidades e demandas da sociedade”.
O melhor uso da inteligência artificial
Silvio Meira cita a IA como uma espécie de sistema de apoio, habilitação, extensão e empoderamento para profissionais de diversas áreas, sugerindo inclusive que a combinação de IA com a expertise humana pode gerar melhores resultados do que cada um isoladamente. Dessa forma, a “inteligência artificial não deve ser vista como uma ameaça à relevância e ao papel dos seres humanos em suas atividades e profissões, mas como uma forma de aprimorar, estender, ampliar, empoderar suas habilidades e competências”, citam os autores do e-book “Inteligências Individual, Social e Artificial – Um novo espaço estratégico para criar, colaborar e agir”.
Para Meira, ainda, a capacidade de processar grandes volumes de dados de forma rápida e eficiente pode tornar a IA uma plataforma para avanços significativos em todos os setores da sociedade. “A ideia central da nossa hipótese é que IA é muito mais efetiva quando vista como extensão e extensor de capacidades humanas, em vez de uma substituição direta delas”.
Para ler o e-book na íntegra, clique aqui.