Os projetos de internet das coisas são os principais motivadores para as empresas de telecomunicações investirem em edge computing (computação de borda) no Brasil, segundo uma pesquisa da empresa de aplicações de segurança F5. De acordo com o levantamento, 88% das operadoras de telecom planejam ou já estão investindo na tecnologia neste ano.
A Embratel explica que, por ser uma estrutura computacional distribuída, o edge computing faz com que o armazenamento e o processamento de dados ocorram próximos ao local de captura das informações. Isso reduz a latência, que é a quantidade de milissegundos que uma solicitação leva para ir de uma ponta a outra.
A pesquisa da F5 foi global e ouviu 68 operadoras, com mais de 10 mil colaboradores cada. Quatro delas eram brasileiras e, enquanto no retrato global a melhora de performance das aplicações foi a principal demanda de investimentos em edge, no Brasil os mercados business to business (B2B) guiam a estratégia. “Em nosso País, o edge computing tem sido visto primeiramente como uma resposta à disseminação de dispositivos IoT. Isso está acontecendo especialmente em serviços públicos (facilities como plantas de energia e água) e em aplicações industriais”, disse Maurício Ribeiro, diretor de vendas para o segmento de services providers da F5 no Brasil.
Segurança em edge precisa ser ampliada
Para a F5, há espaço para melhorias nos investimentos em segurança da camada de edge computing. A empresa avalia que o core das redes 5G tem recebido estudos cuidadosos sobre como proteger a infraestrutura, enquanto os ambientes distribuídos e baseados em edge computing estão mais expostos. “Há casos em que são planejados e implementados sem as devidas precauções de segurança”, pontuou o engenheiro de sistemas da F5 no Brasil, Irineu Costato.