O valor das transações globais de pagamento sem contato, que é hoje de US$ 4,6 trilhões, deve mais do que dobrar e chegar a US$ 10 trilhões em 2027. Os dados são da pesquisa da consultoria Juniper Research. O relatório, intitulado Constactless Payments: key opportunities, emerging trends & markets forecasts 2022-2027, traz uma análise detalhada sobre as transações envolvendo cartões sem contato, pagamentos móveis NFC, pagamentos vestíveis, emissão de bilhetes sem contato e tokenização sem contato. O levantamento analisou 60 países, que foram divididos em 8 regiões.
De acordo com o documento, o investimento no ecossistema de pagamentos sem contato, como terminais POS (pontos de venda) e o suporte no nível do dispositivo, será o principal impulsionador do crescimento do valor das transações sem contato nos próximos cinco anos.
Os fornecedores de POS, na avaliação da consultoria, devem priorizar a conveniência ao projetar soluções NFC (Near Field Communication ou Comunicação de Campo de Proximidade) para o mercado que possam atender ao crescente número de dispositivos que oferecem recursos de pagamento NFC.
NFC deve acelerar mercado de pagamentos sem contato
Os pagamentos móveis e vestíveis sem contato devem crescer 221% entre 2022 e 2027. Esse crescimento se deve à conveniência que os pagamentos móveis e vestíveis oferecem aos consumidores, eliminando a necessidade de carregar e produzir um cartão sem contato. Em comparação, prevê-se que os pagamentos com cartão sem contato cresçam apenas 119% durante o mesmo período.
Os gastos globais com tíquetes sem contato devem crescer mais de 440% entre 2022 e 2027. Para a Juniper Research, o tíquete NFC se recuperou fortemente após a flexibilização das restrições relacionadas à pandemia e prevê-se que continue aumentando rapidamente nos próximos cinco anos.
O crescimento será ainda mais acelerado pela rápida implantação de soluções de bilhetagem NFC nas redes de transporte público. “Por sua vez, os fornecedores devem promover a adoção de suas soluções de bilhetagem NFC, visando o setor de transporte público em regiões desenvolvidas que buscam cada vez mais maneiras de melhorar sua eficiência”, detalha o relatório.