Diagnósticos mais ágeis e precisos, qualidade de vida, acesso à medicina preventiva, entre outros aspectos, são os benefícios da saúde digital. Mas a tecnologia vai muito além, permitindo desde a melhor gestão de empresas do setor e hospitais, até mais eficiência no uso dos recursos.
A saúde digital compreende a aplicação de recursos tecnológicos, como Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA) e aprendizado de máquina, para otimizar o atendimento, oferecer serviços integrados e acompanhar toda a jornada do paciente. O termo, que vem ganhando cada vez mais espaço nos debates sobre o futuro da medicina no Brasil, é uma tendência na saúde mundial.
O que é saúde digital?
De acordo com o Ministério da Saúde, o termo abrange o uso de diferentes tecnologias para viabilizar soluções como e-Saúde, Telemedicina, Telessaúde e Saúde Móvel. As aplicações incluem a melhoria do diagnóstico, o automonitoramento, ações de educação para profissionais de saúde e prestação de serviços remotos.
Como surgiu o conceito de saúde digital?
O conceito de saúde digital (ou e-saúde) não é recente. Desde 2012 a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia divulgado um pacote de estratégias (National eHealth Strategy Toolkit) prevendo a utilização de recursos de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC). Depois, em 2019, a organização iniciou a elaboração da sua Estratégia Global de Saúde Digital.
Quais os benefícios das novas aplicações?
Segundo a Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), as inovações trazem benefícios em todas as áreas de saúde, indo do diagnóstico mais preciso à melhor gestão dos recursos. Confira!
1. Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP)
O PEP permite unificar as informações de cada paciente, de forma que os profissionais de saúde consigam fazer uma avaliação mais eficiente de seu histórico, riscos, uso de medicamentos, entre outros detalhes. Isso contribui para a precisão dos diagnósticos e melhor prognóstico dos tratamentos.
2. Monitoramento contínuo
A internet das coisas e os biossensores são aliados no diagnóstico do paciente, oferecendo um acompanhamento das condições clínicas, sem exigir que o paciente pare as atividades do dia a dia e vá até a instituição de saúde. O armazenamento de dados online possibilita a avaliação médica de forma remota.
3. Automação de processos e cloud
A automação simplifica a gestão e o controle de custos, bem como o armazenamento de dados em nuvem. A tecnologia de cloud computing facilita o acesso remoto de informações e permite que as instituições gastem menos com equipamentos e também com energia elétrica para manutenção dos bancos de dados.
4. Ampliação do acesso
A tecnologia permite que a população tenha acesso mais rapidamente a determinados serviços de saúde ou especialidades médicas, além de um segundo diagnóstico, que em muitos casos é considerado determinante para a continuidade do tratamento.
5. Dados mais precisos
O registro de dados médicos permite estratégias para saúde preditiva. Um exemplo é a análise de determinadas populações e suas características. Com dados preciso, é possível prever riscos para determinadas doenças, o que viabiliza o seu rastreamento e tratamento precoce.
Quais os desafios da saúde digital?
Apesar dos benefícios, o grande desafio é a regulamentação. A lei que viabiliza a telemedicina, por exemplo, está restrita ao tempo em que durar a pandemia.
Além disso, existem outros aspectos que demandam normas específicas, como no caso de aplicativos de saúde disponíveis em smartphones e tablets, que precisam ter informações confiáveis e padronizadas.
De modo geral, a educação é fundamental, tanto do lado do profissional de saúde que utiliza os recursos, quanto por parte dos pacientes que precisam lidar com as novas tecnologias.