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Política Nacional de Ensino Médio traz novidades sobre tecnologia

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Adequação considera o novo momento social em que vivemos



Por Redação em 04/10/2024

O ensino médio brasileiro passa por um novo momento histórico. Após a reforma de 2017 e a flexibilização do currículo, agora o Brasil conta com a Política Nacional de Ensino Médio, que mudará o ambiente escolar a partir de 2025. Em linhas práticas, o novo direcionamento deve aprofundar as diretrizes estabelecidas pela reforma de 2017. Ou seja, garantir uma educação mais equitativa e de qualidade, com foco na formação integral. 

A interdisciplinaridade é um dos destaques da Política Nacional de Ensino Médio. A intenção do governo é atuar em duas frentes principais: atender às demandas dos estudantes e do mercado de trabalho. Por isso, a aposta é na formação integral. 

Segundo o Instituto Ayrton Senna, a nova Política surgiu como resposta à necessidade de modernizar o sistema educacional do país, uma vez que a sociedade contemporânea também trouxe a necessidade de mudanças.

A Política Nacional de Ensino Médio foi instituída em 31 de julho (2024), por meio da Lei nº 14.945/2024, que altera a Lei nº 9.394/1996, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e revoga parcialmente a Lei nº 13.415/17, que dispôs sobre a reforma do ensino médio.  

Saiba o que muda no ensino médio a partir de 2025

A Política Nacional de Ensino Médio dá abertura para as escolas oferecerem novas experiências para a formação, ou seja, um ensino diversificado, com a inclusão de temas mais atuais como sustentabilidade, tecnologia e empreendedorismo, entre outros. O uso de ferramentas virtuais, neste contexto, também ganha espaço, com a melhoria da conectividade. 

Kátia Schweickardt, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) revelou que as diretrizes curriculares do ensino médio serão revistas, assim como os itinerários formativos. “Essas definições serão feitas de forma colaborativa, junto ao Conselho Nacional de Educação (CNE), redes estaduais e especialistas nas áreas do conhecimento”, completou.

Para ela, o apoio técnico às redes, inclusive via formação continuada, também é prioridade.

A nova Política Nacional de Ensino Médio prevê um mínimo de três mil horas de estudo, nos três anos do ensino médio. Dessas, 2.400 horas devem ser de Formação Geral Básica (FGB), o que inclui matérias como: português, inglês, artes, educação física, matemática, ciências da natureza (biologia, física, química) e ciências humanas (filosofia, geografia, história, sociologia). 

Segundo o MEC, o conteúdo é definido de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Isso significa que, com a implementação da nova lei, haverá um aumento da carga horária mínima de formação geral básica, ao longo dos três anos do ensino médio, que até então era de 1.800 horas, e passa a ser de 2.100 horas.  

As 300 horas adicionais podem ser destinadas aos conteúdos da formação geral, que, segundo o MEC, deverão ser relacionados à área do curso técnico. Resumidamente, as disciplinas que forem compatíveis com o curso de formação profissional podem ser utilizadas. Como exemplo, no curso de mecatrônica, disciplinas como matemática, física e química poderão ser aproveitadas na organização do currículo, justamente porque são compatíveis com as duas grades (ensino médio e formação técnica).  

Educação a distância (EaD) 

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Essa não é uma possibilidade para os alunos do ensino médio, contudo, de acordo com o MEC. Sendo assim, será admitido, excepcionalmente, o ensino mediado por tecnologia. Gregório Grisa, secretário-executivo adjunto do MEC, explicou que a solução já é utilizada em várias realidades, especialmente na Região Norte do Brasil, como no Amazonas, em função da peculiaridade geográfica. “Temos que regulamentar isso, ouvindo as experiências das redes, mas é importante destacar que não está autorizada a introdução de EaD no ensino médio”, reforçou Grisa, mencionando que a tecnologia será uma ferramenta complementar no ensino.

Tecnologia na educação

Apesar da determinação do MEC, a tecnologia estará cada vez mais presente na sala de aula, seja por meio de pesquisas dos alunos, seja na formação dos professores. Além disso, a colaboração no aprendizado deve ser cada vez mais ampla. 

Existe ainda a tendência de que ferramentas digitais personalizem a experiência dos alunos durante a jornada de aprendizagem, o que pode permitir uma adaptação dos conteúdos com o ritmo e a necessidade de cada aluno. Mas, isso ainda não é uma realidade no ensino brasileiro. 

A nova Política Nacional de Educação deverá estar cada vez mais adaptada ao novo momento em que vivemos. Passamos por uma transição e a tecnologia é, sim, um caminho sem volta para os estudantes. Portanto, para uma educação que pretende ser cada vez mais inclusiva, equitativa e centrada no aluno, a tendência deve virar realidade rapidamente. A tecnologia deixou de ser um complemento para ser um potencializador do aprendizado.



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