A cidade do Rio de Janeiro está desenvolvendo um polo de educação e tecnologia, chamado Porto Maravalley, na região do Porto Maravilha, que passa por um grande processo de revitalização. Em construção desde novembro de 2022, o espaço deve concluir as instalações em até seis meses.
Além de apostar na formação de jovens talentos, o Porto Maravalley pretende oferecer infraestrutura para a instalação de empresas ligadas à tecnologia e inovação no local. A ideia do projeto é transformar a cidade do Rio em um “Vale do Silício” brasileiro, criando um centro tecnológico capaz de abrigar até 400 startups e fintechs.
A iniciativa deve, ainda, gerar novos empregos na região. A previsão dos organizadores é de que entre 5 mil a 10 mil vagas de trabalho sejam criadas na região.
Vale do Silício brasileiro

Segundo entrevista do secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação do Rio de Janeiro, Chicão Bulhões, para o PanoramaCrypto, o projeto Porto Maravalley será essencial para a geração de emprego e renda para a capital carioca.
Ele destacou a parceria do Hub tecnológico com outras instituições, como o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), que ofertará um curso superior no local, totalmente gratuito, que será oferecido inclusive para alunos de outros estados e regiões do país, que obtiverem bom desempenho na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM).
“A região atrairá empresas de tecnologia e demandará mão de obra qualificada, gerando emprego e renda. Além disso, a presença do IMPA e de outros programas, como a iniciativa Programadores Cariocas, deve contribuir para a capacitação da população e redução das desigualdades.”
O local também pretende abrigar moradias e pode ser considerado a primeira “crypto city” do Brasil. Além de atrair empresas do mercado de criptoativos, a cidade maravilhosa aceitará pagamentos em criptomoedas a partir de 2023, na quitação de tributos como o IPTU.
No total, a estimativa do projeto prevê 13 mil pessoas morando no Porto Maravalley depois da conclusão das obras de instalação. A área construída será de 10 mil metros.
Para Chicão Bulhões, o Rio de Janeiro pode se transformar no maior polo de educação e tecnologia do país. “O objetivo é que o Porto Maravalley seja o maior hub de inovação e educação do país, reunindo atores do empreendedorismo carioca, corporações mantenedoras, investidores e academia, em um só espaço da cidade.”

Além da iniciativa do Porto Maravalley, o Rio de Janeiro criou um programa para formar novos programadores, seguindo a tendência de desenvolvimento tecnológico na cidade. Ao todo, o projeto já atendeu 750 alunos, que recebem uma ajuda de custo mensal de R$ 500 e um computador no final da formação. E a aposta da cidade em tecnologia não se restringe somente à construção do Porto Maravalley. O Rio de Janeiro também utiliza tecnologias disruptivas para criar um sistema de iluminação pública inteligente, dentre outras iniciativas tecnológicas.