A Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital (Saúde Digital Brasil/SDB) lançou a primeira edição do Manual de Boas Práticas de Telemedicina e Telessaúde, defendendo que, “como a pandemia exigiu a adoção rápida de serviços de telessaúde, muitos profissionais da área acabaram caindo de paraquedas, sendo necessário uma ferramenta para balizar a qualidade dos serviços prestados”.
O documento separa as boas práticas em quatro grupos, partindo da premissa da SDB de que a telemedicina é a prestação de serviços de assistência médica à distância.
Telessaúde direta ao paciente
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No primeiro grupo de boas práticas, o manual delimita em três as maneiras de comunicação entre o médico e o paciente: (1) comunicação assíncrona, que ocorre por mensagens de texto; (2) comunicação por telefone e (3) por videoconferência. O manual sugere como deve ser feita a teleconsulta em cada um desses meios, assim como define os requisitos de segurança e a necessidade de registro e documentação dos atendimentos.
Os parâmetros para a realização do exame físico do paciente por teleconsulta também estão contemplados na obra, que aborda ainda a telepropedêutica, com as técnicas, manobras e dispositivos que permitem o exame clínico por telemedicina.
Segurança da informação
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No segundo grupo de ações estão abordadas as questões de segurança da informação, com destaque para as implicações legais da proteção dos dados pessoais e privacidade. O objetivo, segundo a Saúde Digital Brasil, é desmistificar os temas e trazê-los de forma simples e palatável àqueles que não têm familiaridade com eles.
Há um trecho desse capítulo com dicas de como estruturar a segurança da informação e também para explicar as legislações de, com destaque para a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). A seção também explica alguns termos do mercado de cibersegurança.
Prescrição eletrônica x “letra de médico”
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No terceiro bloco são tratadas as questões burocráticas da prescrição de medicamentos, tendo em conta três pilares fundamentais. O primeiro promete por fim à tão reclamada “letra de médico”. Para isso, o manual trata da prescrição eletrônica e de todos os requisitos a ela pertinentes, tais como assinatura e certificação digitais. O segundo pilar inclui os profissionais de saúde envolvidos no processo, principalmente o prescritor e aqueles que dispensam medicamentos. Já o último pilar é o próprio paciente.
As dicas devem aumentar a segurança das prescrições, que, segundo a Saúde Digital Brasil, tem, em 75% dos casos, “altas chances de equívocos interpretativos devido aos erros de grafia e à dificuldade de interpretação da letra do prescritor”.
Esse capítulo também aborda questões éticas e de compliance, que devem ser seguidas pelos provedores de prescrição digital.
Interoperabilidade na telessaúde
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A interoperabilidade é a capacidade de dois ou mais sistemas trocarem informações (dados) e utilizá-las de alguma forma. Na avaliaçaõ da SDB, há pouco benchmarking para o assunto ainda e a principal questão envolvida é a capacidade de estruturar os dados para garantir que eles possam ser usados por diferentes sistemas e melhorar a experiência tanto do paciente quanto do médico.
No manual recém-lançado, o grupo traz conceitos e diretrizes gerais para a implementação das melhores práticas de interoperabilidade de dados em saúde, abrangendo, inclusive, aspectos informacionais, como modelos mínimos de informação e padrões de dados.
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