Desenvolvido pela empresa iNeeds, o recurso está focado em monitorar e prever deslizamentos de encostas em áreas urbanas. Com base em dados reais, os especialistas identificaram o meio do ano como o momento ideal para iniciar os preparativos e investir em medidas preventivas. A indicação acontece em função da sazonalidade de ocorrência de incidentes climáticos que podem levar aos deslizamentos. Segundo a iNeeds, os dois primeiros meses do ano são os mais críticos em termos de eventos climáticos perigosos.
A ideia dos pesquisadores é pensar na prevenção a médio prazo, usando o dispositivo para fornecer alertas antecipados e permitindo que as autoridades ajam rapidamente, segundo reportagem do site InfraROI.
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Histórico do sensor de movimento de encostas
O uso da tecnologia já tem precedentes no Brasil em 2022, quando a Defesa Civil de Petrópolis adotou os sensores. No início daquele ano a cidade fluminense enfrentou o maior deslizamento de terra desde 1988. Segundo os desenvolvedores do recurso, desde então a cidade conseguiu prevenir diversos deslizamentos de pedras nas encostas, inclusive os ocorridos pela forte tempestade que aconteceu em maio deste ano.
Tecnicamente, os alertas precoces são detectados pelo sensores que identificam inclinações ou movimentos e enviam as informações ao centro de monitoramento da Defesa Civil. Os dispositivos funcionam com bateria alimentada por energia solar e que é recarregada constantemente durante o dia.
No Brasil, deslizamentos de terra ocorrem em todo o território nacional e são mais frequentes durante os meses de verão. Isso acontece devido à estação ter chuvas recorrentes e intensas em várias regiões do país.
Além das causas naturais associadas a esse fenômeno, a urbanização desordenada, sem planejamento adequado, aumentou essa incidência, devido à construção de edificações em encostas de morros e serras, áreas já altamente propensas a movimentos de massa.
Dados históricos mostram que, entre novembro e março, ocorrem as maiores precipitações pluviométricas do país. De acordo com um estudo divulgado em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as regiões Sul e Sudeste apresentam maior vulnerabilidade aos deslizamentos de terra.