De acordo com uma pesquisa da fintech israelense Rapyd, 60% dos latino-americanos se consideram “exploradores” de tecnologias de pagamento. No Brasil, 74% têm o hábito de usar aplicativos bancários, o que corresponde ao segundo lugar na América Latina, ficando atrás do Chile, com 79%.
As eWallets também aparecem em posição de destaque na Argentina e no Brasil, com 73%. Os dois países são seguidos por Chile, 67%, Peru, 62%, México, 54%, e Colômbia, com 48%.
A segurança de dados é considerada prioridade para o consumidor digital: 76% dos entrevistados ponderam esse quesito ao escolher um provedor de pagamento.
“O que vemos no Brasil, hoje, é um cenário com oportunidades interessantes de inovação em tecnologia financeira. Os brasileiros têm uma postura mobile-first, comprando diferentes tipos de produtos online (roupas, calçados, acessórios e cosméticos lideram). Também há uma diversidade de opções de pagamento disponíveis. Empresas que buscam ampliar seus negócios no país devem viabilizar os métodos de pagamento preferidos, garantir a segurança dos dados pessoais e a velocidade das transações”, considera Marc Winitz, diretor de marketing da Rapyd.
Além das tecnologias de pagamento
A pesquisa da Rapyd também analisou as preferências dos consumidores de sete países da América Latina (Argentina, Brasil, Colômbia, México, Peru, Venezuela e Chile) quando o assunto é realizar e receber pagamentos.
O Brasil lidera o ranking no uso do cartão de crédito, com 82% dos entrevistados que recorreram ao método. Outro destaque é o Pix, que aparece como modalidade de pagamento preferida. O estudo é um resultado dos hábitos financeiros de homens e mulheres entre 20 e 65 anos, realizado em agosto de 2022.
O levantamento indica ainda que o cartão de débito bancário é o produto financeiro com maior inserção na América Latina, sendo:
- 70% dos entrevistados confirmaram ter um cartão de débito;
- 67% dos brasileiros têm preferência por este meio de pagamento;
- Os chilenos são os maiores usuários, com 86%.
Sobre acesso às instituições bancárias, o Brasil aparece com 69% das pessoas com conta corrente ou poupança. Os países com maior índice de acesso a bancos são a Argentina e a Colômbia, com 70%. O México aparece em último lugar dentre os sete países apontados na pesquisa, com apenas 47% dos entrevistados confirmando terem uma conta de poupança.
Já sobre investimento em cripto, o destaque vai para a Argentina: os usuários argentinos são os que mais confiam nessa moeda, sendo que 41% afirmam que investem em criptoativos via aplicativo, refletindo a situação econômica do país. No Brasil, esse número é de 26%.