A telemedicina ganhou importância com a pandemia, mas continua tendo alta relevância passado esse período. Na prática, é um modelo que combina uma dose de conveniência com a eficiência do monitoramento contínuo. Com o rápido avanço da tecnologia, hoje a telemedicina já chegou ao celular, que atualmente é usado para escanear o corpo humano e enviar dados para sistemas inteligentes.
Trata-se de um setor que movimenta mais de US$ 172 bilhões (R$ 969 bilhões) em todo o mundo e, segundo noticiado pela Exame, a estimativa é atingir a marca de US$ 290 bilhões (R$ 1,6 trilhão) até 2028, segundo dados da Mordor Intelligence, consultoria especializada em pesquisas de mercado.
Para a empresa, a estimativa de faturamento para 2028 demonstra o quanto a telemedicina está consolidada e é vista como um dos principais pilares no acesso à saúde.
Ricardo Salem, diretor médico da Care Plus, acredita que a ascensão da telemedicina é uma tendência global que reflete perfeitamente a condição brasileira. Ele, que é gestor de uma das maiores operadoras de saúde premium do país, aponta a praticidade da telemedicina também para a resolução de problemas logísticos, como tempo para deslocamentos.
“A telemedicina torna o cuidado de saúde muito mais conveniente e acessível, especialmente para aqueles que vivem em áreas remotas ou têm dificuldade de locomoção”, justifica Salem.
A conveniência da telemedicina no celular
Até bem pouco tempo a telemedicina era limitada apenas às consultas online. Mas, esse cenário mudou. No caso da Care Plus, a tecnologia vem sendo usada no desenvolvimento de outras ferramentas. O intuito da empresa é tornar o acesso à saúde cada vez mais prático, intuitivo e completo.
Lançada em 2024, a Blua, plataforma de saúde digital, já é usada por cerca de 25% dos clientes da operadora. Ela tem a função de oferecer serviços integrados como gerenciamento de saúde, programas de prevenção e agendamento de exames, consultas virtuais e presenciais.
Outra novidade ligada à telemedicina e ao celular é o Teste de Bem-Estar. Ainda inédito no Brasil, o recurso utiliza um scanner para avaliar a saúde dos pacientes em tempo real. A plataforma avalia batimentos cardíacos, nível de estresse, saúde da pele, entre outros aspectos.
Mas, afinal, como isso acontece? Os aparelhos celulares mais modernos têm sensores que detectam a luz vermelha refletida pelo sangue sob a pele, e por meio disso monitoram o fluxo. Com os dados registrados, eles são enviados para a nuvem e, com apoio de inteligência artificial, o Teste de Bem-Estar analisa os indicadores de saúde dos pacientes.
Novidades da telemedicina
A operadora também lançou o TytoCare, utilizado para o monitoramento contínuo dos pacientes. Na prática, ele permite realizar exames médicos de forma remota, capturando com precisão imagens e sons de estruturas como ouvidos, garganta, pulmões, coração, abdômen e pele.
Para viabilizar esse processo, o próprio dispositivo orienta o paciente na condução do exame, transmitindo dados e informações aos profissionais de saúde que, mesmo a distância, avaliam o quadro do paciente e conseguem prescrever tratamentos. Já em casos mais graves, os pacientes são encaminhados para o hospital.
“Conseguimos cruzar uma quantidade massiva de informações para que possamos identificar quais pacientes precisam de quais cuidados, e quais são os melhores prestadores para o tratamento. Isso nos permite entregar o melhor atendimento para os nossos beneficiários”, explica Salem. Segundo ele, a plataforma reúne dados e utiliza a tecnologia para o avanço da ciência médica.
Investimentos em tecnologia e inovação
Nos últimos anos, as empresas de saúde têm investido significativamente em tecnologia e inovação. Segundo um estudo da International Data Corporation, somente entre 2021 e 2022 o setor recebeu investimentos na faixa dos R$ 10 bilhões na América Latina.