Em uma forma de permitir projetos de cidade inteligente, Viena, capital da Áustria, implementou uma plataforma de dados urbanos em código aberto. Ao portal SmartCitiesWorld, representantes do departamento municipal de TI e da Agência de Negócios de Viena explicaram que a iniciativa faz parte do projeto chamado Smarter Together, que se concentrou no compartilhamento de carros, na reforma de apartamentos e no aumento da participação dos cidadãos.
Com liderança da cidade de Lyon (França) e com a participação de Munique (Alemanha), foi pedido que cada cidade construísse a sua própria plataforma de dados. A escolha foi pela plataforma Fiware, de código aberto e já adotada nas iniciativas digitais de Viena há 30 anos. A explicação é que o código aberto permite um trabalho em conjunto com cidades e empresas de toda a Europa, diminuindo a necessidade de implementar novas formas de integração de plataformas com outros ambientes. Há também o benefício de trabalhar com diferentes fornecedores de soluções.
O uso da plataforma aberta permitiu capturar dados de outros parceiros e dos sensores usados como parte do projeto Smarter Together. Combinando essas duas fontes de dados com um “mapa”, foi possível criar uma visão da cidade que permite aos gestores clicar em vários pontos para ver o consumo e o uso de determinados ativos. Em um projeto de reforma de prédio, por exemplo, foi possível avaliar métricas de consumo de energia e água.
Futuro de Viena como cidade inteligente
Além do Smarter Together, a prefeitura pretende continuar usando a plataforma aberta para outros projetos que transformam Viena em cidade inteligente. Nesse sentido, já são coletados dados em tempo real do sistema de compartilhamento de bicicletas da cidade, juntamente com diferentes conjuntos de dados relacionados ao meio ambiente. A ideia é reunir esses dados e exibi-los juntos em um mapa para os cidadãos, que saberão rapidamente onde há bicicletas disponíveis.
Também há a intenção de usar mais dados de Internet das Coisas (IoT) e quase em tempo real na plataforma, por meio de protótipos que já estão sendo produzidos pelo departamento ambiental em várias frentes, como nos sensores que monitoram a qualidade da água dos reservatórios de Viena.