Cada vez mais acessível, impressão 3D deve ser adotada por 49% das empresas brasileiras até 2022, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial.
Principais destaques:
- Impressão 3D deve ser cada vez mais adotada por empresas brasileiras;
- Tecnologia impacta positivamente setores como saúde, engenharia e educação;
- Conheça 5 mitos sobre a tecnologia.
Impressão 3D é uma tendência tecnológica que vai impactar diversos setores, segundo o Fórum Econômico Mundial. No relatório The Future of Jobs 2018, divulgado pelo comitê, a expectativa é que a técnica esteja presente em 49% das empresas brasileiras até 2022.
O conceito de Impressão 3D é simples. A partir de um protótipo no computador, a impressora utiliza ferramentas de baixo custo para a fabricação de um modelo prototipado – de vasos sanguíneos a customização de peças de PC ou maquetes de cidades.
Ainda segundo o estudo do Fórum Econômico Mundial, os setores que mais vão investir na tecnologia são:
- Aeroespacial, logística e transportes (61%)
- Química e biotecnologia (58%)
- Óleo e gás (57%)
- Energia (54%)
- Saúde (53%)
- Mineração (50%)
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Os mitos por trás da impressão 3D
Como toda tecnologia, a impressão 3D às vezes pode ser confundida com algo que não trará benefícios. Mas, ter um maquinário 3D pode trazer ainda maior competitividade e valor de negócios para a empresa.
O site The Next Web reuniu cinco mitos em relação à impressão 3D. Confira:
- Todos irão imprimir armas de fogo: os primeiros projetos que envolvem a impressão de uma arma de fogo foram compartilhados em 2013. Mas como afirma o The Next Web, são grandes as chances de o produto apresentar defeitos e ainda seriam necessários componentes de metal, que não podem ser impressos em 3D.
- Impressão 3D irá destruir o meio ambiente: muitos acreditam que a facilidade de imprimir produtos de plástico pode gerar problemas ambientais. Mas a impressão 3D pode utilizar materiais biodegradáveis, plástico reciclado e até mesmo criar protótipos com o objetivo de restaurar habitats marinhos.
- A tecnologia irá roubar empregos: caracterizada como uma tecnologia disruptiva, a impressão 3D também caiu na discussão sobre a substituição de pessoas por ela. Mas a tecnologia pode ser uma ferramenta para transformar boas ideias em um negócio ou uma oportunidade de carreira. O The Next Web cita como exemplo o caso da Climate Edge. A empresa implementa estações meteorológicas de baixo custo para que cafeicultores tenham dados a respeito das condições climáticas para melhorar a sua produção. Parte dos componentes dessa estação foram criados com a ajuda de uma impressora 3D.
- Todos irão imprimir produtos falsificados: a impressão 3D permite a criação de aparelhos auditivos, calçados esportivos e até mesmo coroas dentárias. Mas por que não imprimir tudo em 3D? Como explica o The Next Web, imprimir essas inovações em 3D custa muito mais caro do que realizar uma produção em massa. Além disso, as empresas temem que esses projetos sejam roubados ou versões falsas sejam produzidas. Mas não é que as ideias não possam ser compartilhadas. É possível encontrar comunidades on-line de usuários que exploram a impressão 3D para compartilhar descobertas, habilidades e negócios. Uma dica do site é o uso de blockchain para rastrear os produtos impressos em 3D para evitar a falsificação dos projetos.
- A tecnologia é cara: às vezes quando uma nova tecnologia é apresentada, as empresas têm um pensamento de que ela pode ser um investimento caro. Mas algumas lojas aqui no Brasil possuem impressoras 3D – como a Leroy Merlin que conta com sete máquinas à disposição. Além disso, bibliotecas on-line contam com vários modelos de projetos. Se a intenção é não criar um projeto do zero, basta a empresa usar um desses modelos, fazer os ajustes necessários e imprimir. O maior esforço mesmo é o de preparar os desenhos, configurar a impressora e corrigir os possíveis erros do protótipo.
Como alguns setores serão impactados com a impressão 3D?
A impressão 3D pode garantir a democratização da produção, independentemente de qual setor a empresa esteja inserida.
Outra vantagem da tecnologia é que, se na década de 80 ela era cara e tinha um tempo de impressão longo, hoje ela é mais acessível às empresas e também ao usuário final.
No Brasil, o setor da saúde é um dos que mais irão investir na impressão 3D – 53% das instituições da área, segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial.
A tecnologia pode ajudar na simulação de cirurgias ortopédicas e na impressão de órgãos, pele, artérias e ossos para o desenvolvimento de pesquisas.
A impressão 3D pode ajudar outros setores, como por exemplo:
- Aeroespacial: peças com diversos tamanhos e complexidades, resistência e leveza.
- Construção civil e arquitetura: criar maquetes, esculturas, acessórios e impressão de casas.
- Indústria: criação de produtos personalizados, redução de custos e tempo com prototipagem, produção e logística.
- Educação: impressão de modelos mais realistas de esqueletos e mapas para complementar as informações de livros utilizados na sala de aula.
- Moda e design: impressão de peças de roupas e acessórios que podem expandir ideias antes vistas somente na tela de um notebook ou tablet.
Olhar para a impressão 3D é entender como sua empresa e o setor em que ela se enquadra vão se transformar com a tecnologia.