O processamento computacional está migrando dos data centers para a borda das redes de telecomunicações, e deve ganhar ainda mais gás com a adoção das redes 5G. Essa é a avaliação de especialistas como Mário Rachid, diretor-executivo de soluções digitais da Embratel, e André Bedin, executivo de desenvolvimento de negócios, transformação de rede e cloudificação da IBM na América Latina.
“O uso da edge computing vai crescer bastante com a chegada da 5G, porque essas redes vão precisar dessa tecnologia para evoluir”, explicou Rachid em publicação do jornal Valor Econômico.
Já Bedin lembrou que o uso da computação na borda, como a tecnologia também é conhecida, acontece em aplicações que não podem ser executadas em uma nuvem pública ou privada, ou mesmo em um ambiente tradicional de internet, caso dos caixas eletrônicos.
Edge Computing e 5G em todos os mercados
Alexandre Gomes, diretor de marketing da Embratel, acredita que as indústrias sejam um dos setores mais promissores para o emprego de edge computing, em razão da necessidade de automatizar processos e melhorar a produtividade. “Ao aproximar a capacidade de processamento para as bordas, o controle de processos ocorre em tempo real. Isso propicia uma tomada de decisão mais rápida e assertiva, sem contar o aumento da produtividade no chão de fábrica e a redução de riscos”, explica o executivo.
Os exemplos acontecem tanto no setor privado como na área pública. A Volkswagen mundial implementou sensores em 124 fábricas para otimizar a produção e as aplicações de cadeia de suprimentos e economizou aproximadamente 1 bilhão de euros. No segmento público, há casos de uso de medição inteligente para identificar perdas, que combinam o 5G e o edge computing.