A geração solar vem sendo uma fonte complementar de energia para o setor de telecomunicações por mais de uma década. Em muitas partes do mundo, os sistemas de energia híbridos, que dependem de placas solares para complementar o fornecimento das concessionárias tradicionais, são uma alternativa as geradores movidos a diesel. A diferença é que agora a geração solar tem sido cada vez mais empregada para suportar operações de telecomunicações.
Há dois tipos de implementações de “energia gratuita”, que não é fornecida e nem cobrada pelas concessionárias. O primeiro deles é para sistemas que off grid, ou seja, que não estão interligados à rede de distribuição de energia. Isso acontece, por exemplo, em regiões remotas da África ou mesmo do Brasil. Nessas configurações, a energia solar complementa ou substitui os geradores a diesel para minimizar o consumo de combustível e, consequentemente, reduzir as emissões de carbono.
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O outro tipo é mais interessante e revelador, de acordo com Davi Wilson, diretor da Vertiv, em artigo para o site ISE, dos Estados Unidos. De acordo com ele, a segunda forma de implementação é adotada globalmente e tem como foco os locais onde os custos de eletricidade são altos ou há um histórico de desempenho de rede não confiável. Ou ainda, a combinação dos dois.
“Esta tendência é significativa não pela escala de adoção, que permanece relativamente limitada nas nações do primeiro mundo, mas pelo que representa – a primeira incursão significativa na energia solar para redes de telecomunicações nos Estados Unidos”, diz ele. Faz parte de um esforço maior em toda a indústria para gerenciar o aumento do consumo e dos custos de energia.
Consumo de energia em telecomunicações tende a crescer
Independente do modelo, o consumo de energia pelos vários segmentos de telecomunicações tende a crescer, puxado pelo crescimento populacional e o consequente aumento do número de pessoas e dispositivos conectados.
Outro complicador é proliferação de aplicações de computação pesada nesses dispositivos. Para resumir: já é considerável a parcela das telecomunicações no consumo global de energia. Somente as empresas do setor são responsáveis por cerca de 2-3% da utilização global de energia 1 e por 1,4% das emissões de carbono.