Estudo aponta turbulência para startups da América Latina

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Pesquisa da McKinsey aponta seletividade em investimentos, mas também mostra diversificação de fontes



Por Redação em 04/09/2023

As startups da América Latina estão vivendo um ciclo de desaceleração acentuada, segundo a pesquisa Startup Study 2023, da consultoria Mckinsey. Essa é a avaliação resumida de Heitor Martins, Yran Bartolumeu Dias e Marina Mansur, três dos consultores que colaboraram com a pesquisa. O ponto de vista deles está exposto em um artigo recente para a edição brasileira da McKinsey e mostra que, depois de uma intensa subida nos últimos anos, o segmento está em fase de descida.

“Se entre 2018 e 2021 vimos o número de unicórnios crescer quase quatro vezes e o montante de investimentos aumentar seis vezes, no último ano o volume aportado pelos fundos caiu pela metade e um terço das startups teve de aceitar um down round (nova rodada de captação com valor de mercado inferior à captação anterior) para ter dinheiro em caixa”, detalhou o trio.

Eles informam que o dinheiro quase sumiu e quase 30% das startups possuem caixa suficiente para mantê-las no jogo apenas pelos próximos 18 meses. Já sete entre cada dez delas poderão não avançar mais, pois além da necessidade de maior fôlego financeiro, vão enfrentar uma realidade onde os ciclos de captação estão alongados. Não se trata de dinheiro – que está disponível – mas sim na tendência dos investidores apostarem mais em startups em início de carreira e que ainda não tiveram nenhum aporte.

Recorte dos investimentos em startups na América Latina

Por outro lado, os especialistas destacam que as fontes de financiamento atuais estão mais estáveis e diversificadas do que no cenário pré-pandemia. No ano passado, os dez maiores investidores ativos em statups na América Latina respondem por 24% dos negócios, contra 40% em 2021. Há também o surgimento de mais fundos internacionais de venture capital (VCs), somando 150 novos entrantes nos últimos três anos.

O levantamento da McKinsey envolveu cerca de 200 startups de 15 indústrias, com cerca de 300 colaboradores e 30 líderes do setor entrevistados. Além disso, foram ouvidos também 500 alunos de áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemáticas (STEM, da sigla em inglês para Science, Technology, Engineering and Mathematics).


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