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IA e 5G ajudam a salvar vidas em São Paulo

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Cidade do interior paulista usa IA para diagnósticos cardíacos, enquanto o Einsten avança na adoção de 5G para saúde à distância



Por Redação em 05/10/2023

A cidade de Tarumã, no interior de São Paulo, decidiu investir em inteligência artificial para melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O prefeito Oscar Gozzi focou em um dos pilares do índice, que é a saúde, com o objetivo de aumentar a longevidade dos moradores e com isso chegar ao ano de 2027 entre os 10 municípios com o melhor IDH Municial do Brasil. O desafio é o fato da cidade não ter sequer uma Santa Casa para tratar dos pacientes, que precisam recorrer às cidades vizinhas. 

Uma pesquisa realizada no município mostrou que a principal causa de óbitos nos últimos 10 anos (23,5%) foram doenças coronarianas, sendo que 70% elas foram provocadas por problemas considerados evitáveis.

IA no diagnóstico de infartos

Na busca por aumentar a longevidade dos moradores, o prefeito encontrou a oportunidade de utilizar a IA através da telemedicina. Com o suporte de médicos em São Paulo, o município passou a utilizar o método, a partir de 2019, e com isso agilizar o diagnóstico dos pacientes. Em caso de infarto do miocárdio, por exemplo, é convencionado na medicina que os pacientes que passam por cateterismo ou são trombolisados em menos de cinco horas, não registram danos no músculo cardíaco e têm mais chances de sobrevivência. 

Prefeito de Tarumã

Com o sistema adotado pela prefeitura de Tarumã, o laudo cardíaco passou a ser feito em 3,5 minutos, o que acelerou a solução ou encaminhamento do paciente. Com plantões de cardiologistas 24 horas, sete dias por semana, o município reduziu em 45% a mortalidade e 30% os custos com os tratamentos.

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5G na saúde à distância

O exemplo de Tarumã ilustra como a tecnologia vem auxiliando a medicina. No hospital Albert Einstein, em São Paulo, existe uma Área de Inovação dedicada exclusivamente a desenvolver novas tecnologias na saúde. Nela, o laboratório 5G, desenvolvido em um ambiente de rede privada em parceria com a Claro, realiza testes sobre como o 5G poderia auxiliar no tratamento da saúde.

Um desses exemplos, seugndo o consultor de telecomunicações do Hospital, Marcos Frabricio Zanni, é o Einstein até você. Trata-se da área que faz coleta de exames à domicílio.

Em conjunto com a plataforma na internet – onde o especialista se conecta através de chamadas recebidas pelo celular – é possível fazer diversos exames remotamente, como medição de temperatura, otoscopia, oroscopia, ausculta cardíaca, pulmonar e abdominal e até exames de pele. Através de uma câmera com imagem HD, o médico verifica o estado de curativos e pode fazer outras análises. 

O dispositivo pode gravar os exames e transmitir para que sejam analisados posteriormente. Ou, em situações mais comuns, é possível estabelecer uma teleconsulta, na qual o médico controla o dispositivo. “Imaginamos que isso vai ajudar a diminuir a ocupação dos hospitais e levar a um cuidado mais rápido com o paciente, além de facilitar o contato com o profissional, caso os sintomas evoluam e seja necessária uma adequação do tratamento”, explicou Zanni.

Tecnologia pode apoiar saúde em São Paulo

Marcos Fabricio Zanni – Consultor de Telecomunicações do Hospital Albert Einstein

As informações sobre Tarumã e o Hospital Albert Einstein foram apuradas pelo Próximo Nível durante o Futurecom 2023, realizado na primeira semana de outubro em São Paulo. Durante o evento, também circularam informações sobre o cenário atual da saúde no  estado de São Paulo, deixando claros os benefícios que a IA, 5G e outras tecnologias digitais podem fornecer ao setor de saúde. Veja:

  • Apenas 2% das unidades de pronto-socorro no estado de São Paulo contam com cardiologistas de plantão;
  • Aumento de 31% nas mortes por doenças cardiovasculares no Brasil durante a pandemia do Covid-19;
  • Doenças Crônicas Não Transmissiveis (DCNT) foi listada pela OMS como uma das dez ameaças para a saúde no mundo;
  • O estado de São Paulo possui a sexta pior taxa de óbitos prematuros por Doenças Crônicas Não Transmissíveis DCNT por 100 mil habitantes de 30 a 69 anos.


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