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Smart cities podem ganhar musculatura com 5G

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Mesa redonda do Connected Smart Cities & Mobility 2022 mostra que 5G vai dar maior musculatura para as smart cities



Por Redação em 06/10/2022

As iniciativas de cidades inteligentes no Brasil devem ganhar mais musculatura com a adoção do 5G, segundo especialistas que participaram da mesa redonda sobre o assunto no evento Connected Smart Cities & Mobility 2022, realizado nesta semana em São Paulo. Três especialistas no assunto trouxeram exemplos internacionais que podem ser replicados no Brasil e até aperfeiçoados com os recursos da rede de quinta geração. 

Sílvio Dantas, diretor executivo de Inovação e Transformação Digital da Cap Gemini, citou o caso de Milão, onde o 5G viabilizou a aplicação de inteligência artificial e visão computacional para o gerenciamento de mobilidade de multidões. O projeto foi testado na Estação Ferroviária Central da cidade e mostrou ser escalável, podendo ser usado para a análise e o gerenciamento de multidões urbanas em outros locais. 

5G nas operações portuárias

Dantas lembrou que existem outras aplicações que passam a ganhar mais força com o 5G, caso das operações portuárias. Com conexão em tempo real, já é possível usar drones para auxiliar nas manobras de barcos, principalmente em horários de maior demanda. 

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A rota do drone pode ser pré-registrada, por exemplo, ou controlada por uma central de controle alimentada por imagens. O mesmo drone pode ter embarcado um sensor para avaliar a qualidade do ar no entorno do porto, permitindo uma gestão mais efetiva do tráfego marítimo. 

Carlos Teixeira, executivo da Microsoft para o setor público, lembrou que as cidades precisam do 5G para equilibrar suas demandas, uma vez que respondem por 75% do consumo de energia no mundo. A aposta do especialista é na criação de cidades hiperconectadas, projetos que podem “desbloquear o maior valor econômico, comercial, ambiental e social com o uso de tecnologias para conectar áreas chaves”. 

5G na descarbonização e rentabilidade das smart cities

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Ele deu como exemplo a cidade finlandesa Helsinki, que tem a meta de ser carbono neutra até 2035. Helsinki já usa, por exemplo, o recurso de gêmeos digitais para compartilhar dados abertos para simulações e colaboração, inclusive de cidadãos comuns. Outros recursos já adotados incluem a modelagem 3D para analisar o uso de energia solar e avaliar o efeito de inundações na cidade. 

Teixeira citou a israelense Tel Aviv como outro exemplo para o Brasil: a cidade usa tecnologias para monitorar e engajar sua população e também os turistas. O mesmo deve acontecer no Catar durante a Copa do Mundo, onde a rede 5G poderá ajudar a entender os fluxos de movimentação, incluindo o uso de sistemas de saúde. 

Financiamentos para smart cities

Como não existe projeto sem financiamento, o BNDES aparece como um viabilizador, segundo Gabriel Filartiga, chefe do Departamento de Gestão Pública do banco. Segundo ele, a instituição também pode contribuir decisivamente na criação de cidades inteligentes no País, oferecendo sua capacidade de desenvolvimento de projetos. O banco já seria o maior estruturador de projetos do mundo, de acordo com ele, com 160 iniciativas que movimentam R$ 300 bilhões de reais. 

Especificamente em cidades digitais, o BNDES tem 400 operações contratadas entre 1990 e setembro deste ano, totalizando um valor contratado de R$ 2,5 bilhões em financiamento. 

Filartiga vê possibilidades em iniciativas de mobilidade urbana – como a integração tarifária e o sensoriamento de sistemas de gestão e fiscalização – e em meio-ambiente, como a infraestrutura eficiente de iluminação e a adoção de ônibus elétricos.



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