Ferramentas como Internet das Coisas (IoT), videomonitoramento, inteligência artificial (IA) e analytics são essenciais para viabilizar as chamadas cidades inteligentes – ou seja, municípios que usam a inteligência para melhorar os serviços públicos e utilizar os recursos de forma mais eficiente.
Entre os benefícios estão o aumento da segurança pública, uso racional de energia para iluminação, melhorias no trânsito e maior compreensão das demandas dos cidadãos. “O céu – ou a criatividade – é o limite”, disse Maria Teresa de Azevedo Lima, diretora-executiva da vertical Governo na Embratel, em entrevista à Folha de São Paulo, mencionando o projeto City Câmeras, da capital paulista, que tem por objetivo promover o aumento da segurança pública.
Cidadão omnichannel
Maria Teresa destacou, na entrevista, que uma cidade inteligente pressupõe cidadãos conectados e engajados no centro das decisões. “E como promover esse engajamento? Um exemplo é o omnichannel, que amplia e facilita a comunicação do governo com a sociedade, favorecendo a participação mais ativa das pessoas nas decisões e na destinação de recursos públicos”, afirmou.
A executiva também citou a importância de ferramentas como Internet das Coisas (IoT), videomonitoramento, inteligência artificial (IA) e analytics, que ajudam as cidades a garantirem, por exemplo, mais segurança, redução do tempo perdido no trânsito, destinação correta de resíduos e melhor gestão de recursos como água e energia.
Cidades inteligentes promovem maior qualidade de vida
Segundo Maria Teresa, as ferramentas possibilitam melhor qualidade de vida para os cidadãos, com benefícios que se refletem em áreas como educação e saúde. “Um exemplo disso foi o uso de dados durante a fase mais aguda da Covid-19. “Estados e municípios utilizaram plataforma de mapa de calor disponibilizada, sem custos, pelas operadoras móveis. Com isso, foi possível atuar para evitar aglomerações e aumento de contágio”, ressaltou.
Ela citou também as melhorias no atendimento à saúde com o avanço do 5G. “A coleta e a análise de dados oferecem muitas possibilidades, como desenvolvimento de programas educativos específicos por região e por faixas etárias, controle de endemias, acompanhamento de cobertura vacinal e de gestantes, crianças e idosos, entre outros”, explicou, destacando que tudo isso é feito com o uso de dados anonimizados, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Mobilidade e segurança pública também são beneficiados
Na entrevista, a executiva da Embratel citou ainda alguns benefícios da tecnologia para a mobilidade urbana e também para a adoção de estratégias de segurança. “IoT, videomonitoramento e analytics permitem coletar e analisar, em tempo real, dados sobre a condição de trânsito nas cidades e alterar tempos de abertura e fechamento de semáforos, tornando o tráfego mais fluido”, exemplificou, citando a parceria com a Escola Politécnica da USP e a Ericsson para uso de IoT nessa área.
Segundo ela, o videomonitoramento também permite melhorias na segurança pública, ao conectar câmeras particulares aos equipamentos da prefeitura. “Isso possibilita não somente maior segurança, mas também a maior participação dos cidadãos”, disse.