A Yduqs, grupo educacional com 1,3 milhão de alunos e várias marcas de ensino superior, como Estácio, Ibmec, Idomed e Wyden, adotou a inteligência artificial (IA) a favor de seus alunos. Em vez de vê-la como ameaça, a estratégia é usar a tecnologia, entre outras, coisas, para ajudar os estudantes a personalizarem o aprendizado.
A iniciativa acontece por meio da EnsineMe, startup criada pela própria Yduqs e que usa a IA generativa no desenvolvimento de metodologias de ensino digital e conteúdo acadêmico para personalizar o ensino.
De acordo com o grupo, a IA não substitui professores ou curadores, mas permite a criação de formatos de aprendizagem mais diversos, adaptados às necessidades individuais de cada estudante.
Machine learning e análise de dados
Outra tecnologia adotada é o aprendizado de máquina para analisar o engajamento dos alunos, com um foco na previsão de desistência. Por meio da análise de vários indicadores, como a frequência do aluno nas aulas e a interação com ferramentas digitais, o recurso consegue prever, com cerca de 90% de assertividade, se um estudante está em risco de desistir.
A previsão é baseada na análise de indicadores como a forma e a frequência com que o aluno interage com as ferramentas digitais e o número de vezes que ele aciona as instituições de ensino para esclarecer dúvidas. Como esse canal é majoritariamente digital, os dados são facilmente cruzados para avaliar o nível de possiblidade de evasão.
A informação é do jornal Valor e mostra que, quando esse risco é identificado, a escola entra em contato com o estudante para entender seus problemas e incentivar sua permanência.
Para a vice-presidente de crescimento e novos negócios da Yduqs e CEO do Ibmec, o conteúdo continua sendo de responsabilidade dos professores, mas a IA permite a criação de novos formatos de aprendizagem. Ela também avalia que o uso desse recurso mostra que a era da ultrapersonalização está atingido a educação.