“A ideia do Drex é ter, dentro de um sistema, uma conta que é a carteira (digital) e dentro dela poder ter uma infinidade de produtos financeiros, não só dinheiro, mas também títulos, ações e outros ativos digitais”, explica Clarissa de Souza, coordenadora de TI do Banco Central e líder de TI do projeto Drex. A especialista concedeu entrevista à série “Próximo Nível”, produzida durante o Febraban Tech 2024, em parceria com o The Shift.
O raciocínio dela diz respeito à construção de uma cadeia de transações condicionadas a um contrato, a um código, e, a partir disso, se transacionam ativos financeiros. “Isso é o Drex”, afirmou.
Para Clarisse, a ideia do Banco Central é reunir os ativos em um único local com a possibilidade de uso conforme o entendimento de cada cliente, dando mais liquidez ao sistema financeiro. “O projeto foi criado com uma visão de finanças descentralizadas, que faz uso de blockchain. Nesse caso, a confiança é dada pela transparência dos dados, de forma que os dados são compartilhados com todos para que a veracidade seja atestada sem que ninguém fraude uma informação”, detalhou.
Quando se traz para dentro do nosso sistema financeiro, tem o arcabouço regulatório, segundo ela, e essa segurança passa a ser dada pelas entidades que regulam o sistema. “Ou seja, há um descompasso, mas a gente percebe que as coisas estão evoluindo”, completou a especialista.
Clarissa ainda falou sobre o tempo necessário para que a evolução tecnológica aconteça e acompanhe o desenvolvimento do Drex. Segundo ela, o mais importante disso tudo é que “não tem projeto sem ter segurança, e não vai ter projeto sem ter privacidade”.
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Tânia Consentino, Microsoft