Parceria Editorial
Equipamentos conectados, gêmeos digitais, robótica e aprendizado de máquina são alguns dos elementos que fazem parte da chamada indústria 4.0, uma verdadeira revolução industrial, que proporciona maior produtividade e segurança, transformando os negócios. Na visão de Silvio Meira, cientista chefe da TDS Company, o próximo nível dessa evolução é a indústria “figital”, conceito que une o físico ao digital.
“A indústria figital existe em um cenário onde a conectividade 5G, que está por trás da Internet das coisas (IoT), muda muito mais do que a velocidade da rede ao nosso redor”, disse ele, no segundo episódio da websérie produzida pela parceria da Embratel com o jornal Valor Econômico.
“Em 5G, é possível conectar um milhão de objetos por quilômetro quadrado; cada uma dessas coisas é identificável, endereçável, programável, tem memória, sensores e atuadores, pode ser rastreável e estabelecer conexões, relacionamentos e interações”, completou Meira.
O que o 5G tem a ver com o futuro da indústria?
O questionamento é feito por Silvio Meira logo no início do episódio, que procura trazer respostas sobre de que forma a indústria vai usar robôs colaborativos, o que é a indústria conectada e quais os próximos passos do setor. Como em outros conteúdos da série, as visões de futuro do mercado são apresentadas por especialistas das empresas que estão liderando as transformações.
“Enquanto a indústria 3.0 trazia a ideia de automatização, a versão 4.0 traz o conceito de autonomia”, destacou Cristiano Moreira, gerente de Produtos da Embratel. “É uma nova era, na qual máquinas conversam com máquinas, tudo tem uma logística coordenada para aumentar a produtividade, reduzir os riscos de acidentes e, obviamente, aumentar os ganhos”.
“Para habilitar tudo isso, o 5G tem papel fundamental, é a camada que conecta”, explicou Bruno Stefani, diretor Global de Inovação da Ambev, mencionando um futuro de operações com o mínimo de atrito, no qual a produção, os armazéns e o sistema de distribuição operam de forma integrada.
Da mesma forma, na Gerdau, o digital se tornou parte do negócio. “Digital deixou de ser algo isolado. Então, a tecnologia é uma das capacidades que nós utilizamos para desbloquear oportunidades estratégicas de negócio”, afirmou Gustavo França, CDO/CIO da empresa. Na planta de Ouro Branco (MG) da gigante da siderurgia, a parceria com a Embratel resultou em uma rede de conectividade privativa que cobre uma área de 8,2 milhões de metros quadrados.
Pequenas e médias indústrias precisam evoluir
A conexão máquina-máquina não é coisa de ficção científica. “O poder computacional ligado ao IoT e a à camada de blockchain são os principais pilares do avanço tecnológico”, pontuou Luiz Felipe Kazan, Gerente de Desenvolvimento de Negócios em Indústria 4.0 da Embratel, lembrando que a digitalização tem que vir antes da conectividade. Segundo ele, as pequenas e médias indústrias ainda estão atrasadas no processo de robotização.
“Existe um conceito do 5G, o network slicing, que possibilita, a uma pequena ou média planta industrial, fazer uma fatia privativa de toda a infraestrutura da operadora, em uma determinada área de cobertura”, disse Moreira. “Então, isso viabiliza as mudanças não apenas para as grandes indústrias, mas para todas”. A rede privativa da Gerdau, aliás, é um exemplo disso.
A websérie, que está na segunda temporada, terá mais três episódios, abordando os temas Varejo, Saúde e Cidades Inteligentes. Neles, os debates envolverão, respectivamente, tecnologias como big data e analytics, e seu papel para a promoção de análises clínicas e diagnósticos mais eficientes, a integração das lojas físicas e online e soluções digitais capazes de tornar os serviços públicos mais eficientes.