Possibilitar experiências imersivas, por meio de realidade virtual aumentada, em ambientes 3D, com Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT). Essa é a ideia do metaverso, cujas primeiras iniciativas vêm sendo registradas nos mais diversos segmentos, desde games até no ambiente corporativo ou na educação.
Porém, ainda pairam muitas dúvidas sobre o tema. Haverá proteção de dados no metaverso? Será preciso usar óculos de realidade virtual? Será seguro fazer transações financeiras neste ambiente? Para esclarecer alguns destes questionamentos, confira a seguir o que é mito e o que é verdade sobre o metaverso.
O metaverso será restrito ao mundo dos games
Mito. Claro que a experiência imersiva será um diferencial importante para os usuários e, sim, o metaverso está muito ligado ao universo dos games. Porém, suas aplicações vão além.
No metaverso, as pessoas podem, por exemplo, criar um avatar e visitar lojas em ambientes virtuais, fazer compras, participar de reuniões e conferências à distância, assistir um show, entre outras possibilidades. Já existe até mesmo uma embaixada (de Barbados) operando no metaverso, que permite aos usuários obterem serviços consulares de forma virtual.
Aliás, até mesmo o carnaval carioca deve ir para o metaverso. Segundo a Riotur, em 2023 a folia da Marquês de Sapucaí também vai acontecer no espaço virtual, com direito a fantasias e desfiles das escolas para quem estiver naquele ambiente.
Será preciso usar óculos de realidade virtual para usar o metaverso
Mito. Existem várias aplicações em desenvolvimento e, em princípio, será possível acessá-las até mesmo de um smartphone, sem a necessidade do dispositivo. Para tanto, basta o usuário criar seu avatar e interagir com o ambiente e outras pessoas/avatares nele presentes.
Realidade virtual é a mesma coisa que metaverso?
Mito. A realidade virtual é apenas uma das tecnologias que podem ser usadas para proporcionar a experiência imersiva, mas o metaverso agrega este e diversos outros recursos, como realidade aumentada.
O metaverso pode fomentar uma nova economia descentralizada
Verdade. No metaverso, obras de arte a audiovisual, terrenos, itens de jogos e outros bens serão representados por meio de tokens não fungíveis (NFTs), uma tecnologia garantida por blockchain, que atesta a autenticidade do item em questão.
Esses NFTs podem ser comercializados por meio de criptomoedas, uma vez que não há limites geográficos no metaverso.
Esse ambiente virtual coloca a privacidade em risco
Mito. Qualquer usuário, ao entrar no ambiente virtual, precisa se registrar no serviço em questão, e para tanto deve haver um termo de consentimento para o uso de dados.
É preciso cautela com os dados considerados sensíveis, uma vez que os dispositivos de IoT poderão captar e registrar respostas fisiológicas, expressões faciais e sinais vitais do usuário, entre outros. Por isso, as empresas que entrarem nesse novo universo imersivo precisarão adotar estratégias de prevenção e compliance para a proteção das informações.
A tecnologia pode contribuir com a educação
Verdade. Por meio de uma plataforma de metaverso, um estudante de medicina, por exemplo, poderá acompanhar uma cirurgia, mesmo à distância, e terá a oportunidade de conhecer detalhes do organismo humano sem a necessidade de corpos reais.
As possibilidades são praticamente infinitas. Alunos de qualquer curso poderão conhecer biomas diferentes, cidades e culturas de qualquer local do mundo, visitar museus e construções antigas ou mesmo voltar no tempo e estar presente, de forma virtual, em ocasiões históricas.
O 5G vai facilitar a transição para o metaverso
Verdade. Para que a grande maioria das aplicações do metaverso funcione, a conectividade, que permite que máquinas conversem com máquinas, será essencial – além da velocidade de conexão. Assim, no Brasil, o avanço do 5G será determinante para habilitar o metaverso.