As redes WAN já são um conceito consolidado no mundo de telecomunicações. Elas ligam, por exemplo, as filiais de empresas. O SD, na frente da sigla, significa que essas redes são definidas por software (do inglês, software defined). Na prática, a tecnologia cria uma sobreposição virtual, que permite que as corporações mantenham seus links de WAN existentes, enquanto o SD-WAN centraliza o controle de rede e possibilita o gerenciamento de tráfego de aplicativos em tempo real, entre outros atributos.
Como explica o site especializado TechTarget, o SD-WAN usa conceitos de rede definida por software para distribuir o tráfego em uma rede WAN. E mais: as empresas e organizações adotam o SD-WAN como uma maneira econômica de conectar filiais a seus próprios data centers e a aplicativos de software como serviço (SaaS) baseados em nuvem.
A razão é simples: a tecnologia fornece automação, centralização e flexibilidade, criando um ambiente mais ágil para empresas de médio e grande porte.
Migração para a nuvem intensifica adoção do SD-WAN

Victor Silva Ferreira, gerente de Produto da Huawei, aponta algumas tendências que estão intensificando a adoção do SD-WAN nas empresas. A principal delas seria a mudança para o ambiente de nuvem (cloud), com descentralização das aplicações e um tratamento mais inteligente do tráfego de dados.
Outro fator é que o SD-WAN tem uma proposta de custo-benefício melhor nesse tipo de migração: ao mesmo tempo em que consegue a otimização dos links, a tecnologia mantém a redundância de backup.
“Para as novas conexões, principalmente baseadas em internet, a experiência do usuário é muito importante. Nós não falamos mais em rede ou tráfego, mas, sim, quais são as características que a aplicação precisa ter”, argumenta. “E a partir daí, define-se qual o link que ela vai utilizar para que o usuário nunca tenha a perda de experiência quando utiliza a aplicação”, completa.
Ainda de acordo com Ferreira, a implantação do SD-WAN deve considerar os riscos, pois a descentralização pode levar à perda do nível de segurança em ambientes remotos.
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Cuidados ao escolher a solução
O especialista lista quatro pontos que ajudam as empresas a escolher uma solução de SD-WAN adequada. São eles: rede e automação; medição de acordos de nível de serviço (SLA) e garantia; serviços WAN avançados; e arquitetura de segurança de rede baseada em Zero Trust Network (ZTN).
No primeiro caso, as empresas precisam definir questões como escalabilidade, automação e topologia, entre outras. Na medição do SLA, o processo deve acontecer em tempo real e com solução de roteamento inteligente, para citar dois requerimentos.
Já os serviços avançados de WAN podem incluir, por exemplo, compressão de tráfego e aceleração de serviço. E, no caso da arquitetura de segurança, as empresas devem considerar os novos cenários de conexão, como o escritório remoto e as redes de Internet das Coisas (IoT).
Parceira da Claro na oferta de SD-WAN, a Huawei desenhou soluções com essa tecnologia, levando em conta a tendência de migração para a rede e os novos requerimentos de segurança, segundo Ferreira.
Ele cita três características gerais do conceito adotado pela companhia chinesa. A lista inclui o controle e gerenciamento unificado; a direção de tráfego inteligente; e a ultra banda larga 5G.
“A solução de SD-WAN da Huawei foi pensada para ajudar as empresas a migrar para a nuvem de forma rápida, suave e estável”, resume o executivo. Ele cita, inclusive, o cenário previsto para a transição: em 2025, a “cloudificação” e a globalização dos serviços de filiais corporativas vai levar 85% dos serviços corporativos para a nuvem.
De acordo com Ferreira, o conceito de SD-WAN da Huawei cria uma rede que conecta várias filiais e nuvens, garantindo uma experiência de alta qualidade para serviços de missão crítica. Com isso, será possível ter acesso sem fio 5G, a qualquer hora, em qualquer lugar, e provisionamento de rede em um dia, suportando a rápida expansão dos serviços das empresas.
“Trata-se de uma estrutura que suporta o acesso flexível de vários links, com e sem fio, para interconexão sob demanda. E que – em resumo – são recursos de rede flexíveis para a migração suave das redes corporativas atuais”, finaliza.